Milhas Aéres
Nos últimos tempos foi registrada uma firme tendência ao
aumento de fraudes envolvendo programas de milhagem de companhias aéreas. A
própria conversão de milhas em passagens está sujeita a um forte crescimento.
O golpe essencialmente envolve o desvio e aproveitamento de
saldos em milhas ou pontos nestes programas, para emissão de passagens em favor
de terceiros que nada tem a ver com os verdadeiros titulares.
Existem diversas modalidades para isso acontecer sendo as
principais:
1 - ações de
hackers, utilizando sobretudo esquemas parecidos com o phishing comum no setor
bancário (criação de falsas páginas das companhias aéreas ou envio de e-mails
com vírus).
2 - aproveitamento
de brechas nos sistemas e processos e de outras informações por parte de
funcionários das próprias companhias aéreas ou das prestadoras de serviços que
administram os programas.
3 - aproveitamento
de informações por parte de agentes de viagens e/ou funcionários infiéis dos
clientes.
4 - esquemas
fraudulentos (mesmo que aparentemente legais) de compra/venda de milhas.
Além da clássica emissão de passagens para desconhecidos, já
foram registrados casos de alteração de dados cadastrais sem consentimentos nem
solicitação.
Existem, efetivamente, procedimentos de segurança nos
sistemas informáticos que administram os programas de milhagem. Apesar de ainda
estarem longe do nível de segurança oferecido pelos sistemas bancários, estes
sistemas são razoavelmente seguros quando utilizados de forma apropriada e com
cuidados.
Um dos problemas, porem, é que muitas vezes os usuários não
estão atentos ou preparados para tomarem tais cuidados e com isso, também por
falta de maiores processos de segurança, acabam enfraquecendo toda a estrutura.
É regra geral fundada no Código do Consumidor que, se a
empresa estabelece relação com o consumidor por meio da web, tem de oferecer um
sistema seguro e é responsável por isso. Os riscos que advêm do uso da internet
fazem parte do risco da atividade e estão a cargo da empresa.
É cabível inclusive a inversão do ônus da prova, de forma a
transferir à companhia aérea o dever de demonstrar que foi o consumidor quem
realizou o resgate das milhas eventualmente objeto de fraude.
Algumas dicas importantes para limitar os riscos:
* Não
informar a senha do seu programa de milhagem para funcionários (secretaria),
agentes de viagens ou terceiros em geral.
* Ligar
pessoalmente para a central do programa de milhagem para resgatar prêmios, sem
a intermediação de outras pessoas.
* Alterar
frequentemente a senha do programa de milhagem.
*
Nunca
utilizar computadores públicos para administrar sua conta.
*
Consultar
mensalmente a conta do programa de milhagem.
*
Manter no
computador um antivírus instalado e sempre atualizado.
*
Verificar
de ter inserido corretamente seu e-mail pessoal no cadastro da conta no
programa de milhagem para receber mensagens de confirmação sobre acessos e
operações realizadas.
*
Desconfiar
ao receber mensagens "genéricas", do tipo “caro cliente”. As empresas
aéreas personalizam as mensagens usando o nome de cada usuário.
*
Ao abrir
mensagem supostamente vindo da empresa, desconfie das informações. Consulte
sempre a página oficial da empresa antes de clicar em links de promoções que
chegam por e-mail.
*
Se clicar
em algum link, cheque qual é o endereço do site que vai aparecer no navegador e
feche imediatamente o navegador caso não seja o endereço oficial da companhia
aérea.
*
Se tiver
dúvidas, entre em contato com a empresa aérea antes de efetuar transações que
não são costumeiras.
A seguir um exemplo de e-mail fraudulento informando uma
falsa promoção e levando a um falso site de uma companhia aérea no qual são
solicitados todos os dados necessários para deviar milhas.
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